Independence or Death

 


Independência ou Morte!

Na ânsia por vivermos experiências incríveis antes que tudo se feche novamente, este ano eu e o Patrick fizemos tantos programas maravilhosos e o ano nem acabou (tenho um monte de lugar pra ir ainda).

Estivemos no Museu do Ipiranga (certamente um lugar pra visitar antes de morrer). Ver a tela Independência ou Morte (1888) de Pedro Américo na minha frente, estava entre uma das coisas pra fazer na lista desta reencarnação. Desde o fechamento do Museu por conta da restauração (trabalho que considero incrível), eu já havia afirmado pra mim mesma - "quando reabrir novinho em folha, eu estarei lá!".

E assim conseguimos estar lá em um clima que tornou tudo ainda mais grandioso, com aquele céu acinzentado, enquanto andávamos pelo jardim francês com uma sensação de estar em Versalhes. Um dos motivos pra eu amar tanto a cidade de SP, é justamente este passaporte que temos para várias épocas, sensações, estilos - esta cidade é rica (culturalmente falando).

Contemplamos arquitetura, esculturas, pinturas, detalhes, molduras magníficas, a modernidade misturada com o clássico - é de respirar fundo. Eu sou apaixonada por história e a História do Brasil só aprendi de verdade quando realmente expandi minha consciência e quis saber mais sobre esta Terra de Santa Cruz...

É uma história cheia de lutas, abusos, ganância, força, coragem, paixões, descasos, descobertas, escravidão. E nessa mistura entre coisas muito ruins e coisas boas, estamos aqui com a esperança de que tudo um dia ganhe um sentido de ser. Somos um país jovem perto do restante do mundo, mas somos uma mistura de todos os outros países juntos e isso faz o Brasil ser único.

Estar em um lugar como o Museu do Ipiranga, nos remete a uma parte da história e isso causa sensações estranhas. Como se a história passasse pela nossa mente como um filme ao mesmo tempo que a energia velha do lugar se choca com a nossa energia.

Saímos do Ipiranga com a sensação de "dever" cumprido e um pouco de estranhamento e seguimos rumo a uma boa pizza no nosso amado Tatuapé que conhecemos tão bem.

O que vale nesta vida, são os registros que somos capazes de deixar na nossa alma. Pois no momento em que subi as escadarias largas e cheias de gárgulas nos postes, dei de cara com o palácio e senti algo tão grandioso que jamais vou esquecer. Isso acontece quando a gente dá de cara com a história diante dos nossos olhos - um impacto. 

Eu me senti assim a primeira vez dentro do Teatro Municipal, senti isso quando vi um Monet na minha frente e senti isso quando entrei no Mosteiro de São Bento pela primeira vez. Sensações indescritíveis.

Obrigada por ler e juntos até o fim.

♬ Matinal - Madredeus

























photos/ Patrick and me

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