Goodbye Cernunnos...


Alexandre - O Grande, depois de tomar o trono do Egito pra si, se declarou um Deus. Alexandre dos 'Dois Chifres' como é chamado no Alcorão (Iskander Dhl´Karnain), fez questão de ter uma pintura sua com chifres de carneiro. Os chifres sempre representaram o Divino. Na antiguidade um Deus era considerado de maior importância de acordo com a quantidade de chifres. Eu por minha vez, fiz questão de fazer meus próprios chifres, que os chamo carinhosamente de "Chifres Majestosos", este nome é de uma carta do RPG Ragnarok.
No período Paleolítico, cerca de 12 mil anos, os homens retratavam nas cavernas, uma figura meio humana e meio animal. Este é conhecido como Deus Cornífero da Caça. O Deus Cornífero, conhecido também como Cernunnos (Celta), é a força masculina da Natureza. Ele é o Deus das florestas, o Deus da Luz e da Escuridão. Quando os antigos homens saiam para caçar, eles invocavam o poder deste Deus, para obter fartura e conseguir carne para os longos meses de Inverno, onde a escuridão era predominante. E eu aqui, estou representando este Deus de Chifres para dizer adeus ao Inverno. Mas também estou representando a fase Anciã da Deusa. A Anciã é o aspecto da vida que nos faz refletir sobre a morte. Este aspecto da Deusa, é o da sabedoria, profundidade, segredos ocultos, austeridade. Ela têm o conhecimento da morte afim de acompanhar aqueles que partem deste mundo para o próximo.
A vida que nunca têm fim, é representada pelo Deus que morre, para dar lugar a nova vida sendo que esta, é ele mesmo. Com o Amor Incondicional da Deusa Mãe para com tudo e todos, esta nova esperança renasce na vida e nos corações de quem a cultivou. Nos mesmos galhos secos que representam uma época de descanso da Natureza, surgem as primeiras folhas verdes. A Deusa deixa a sua terceira fase de lado - a Anciã. E com a Primavera, torna-se a Virgem das Flores.
Os ciclos da Natureza é o que há de mais exato, em um mundo que as vezes parece sucumbir com tanta tecnologia. A Natureza continua sempre a mesma, morrendo, renascendo e nunca deixando de existir. A Natureza somos nós. Assim como ela, temos a nossa própria Luz e nossa própria Escuridão. Este equilíbrio é a Vida de cada ser existente.
Heráclito um filósofo pré-socrático concordaria comigo. Ele dizia que a transformação é incessante, pelo qual as coisas se constroem e se dissolvem em outras. Para ele, nada era permanente, estático, tudo era mutável, um fluxo sem fim.
"Este mundo, o mesmo de todos os seres, nenhum Deus, nenhum homem o fez. Mas era...é... e será um fogo sempre vivo. Acendendo-se sem medidas e apagando-se em medidas." (Heráclito, citado por Clemente de Alexandria).

♪ ♫ ♪ English Fire - Cradle of Filth

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